quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Diário dos Cuidados com a Cidade: MERCADO PÚBLICO

Estive ontem no Mercado Público. A razão da visita foi conversar com a Associação dos Permissionários e botar em dia as informações a respeito da recuperação daquele patrimônio histórico. Sentei-me com o Ivan, da Associação; com o Coordenador da reforma, Lorenzi, mais os colegas Goulart e Perez da Secretaria de Indústria e Comércio e a Simone da Procuradoria Geral do Município.

Sei que a pressa é inimiga da perfeição, mas é preciso esgotar todas as iniciativas para devolver a totalidade do Mercado Público aos porto-alegrenses. Porque ele é a alma da cidade, um território da Porto Alegre profunda, essencialmente democrático. Todos os gostos, cheiros, sons e formas são oferecidos á diversidade de gêneros, etnias, idades, orientação sexual, opções políticas, que no Mercado convivem, consomem, trocam afetos ou por ele passam. Por suas portas já ingressaram abolicionistas, republicanos, monarquistas, para conservar ou inaugurar um novo mundo.

Combinamos vários procedimentos para melhorar as condições da parte reaberta e também uma ainda maior mobilização do nosso governo para cumprir o cronograma do restauro, garantindo um Mercado Público ainda mais bonito e acolhedor.

A disposição das várias esferas de governo, permissionários e comunidade para a rápida reabertura e agora restauro do Mercado Público, foi a reafirmação de que este patrimônio histórico e cultural tem o poder de fazer abrir e convergir caminhos. Não por acaso, o Bará do Mercado ocupa o centro do prédio que, “dentro do panteão africano, é a entidade que abre os caminhos, o guardião das casas e cidades e representa o trabalho e a fartura”.

Saí do Mercado ainda mais otimista. Melhor ainda quando esbarrei na imagem que ilustra este pequeno texto.

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