A atual forma de financiamento, a carência de mão de obra vocacionada e a concentração de recursos em procedimentos de urgência e de consultas especializadas foram apontadas como principais fatores de fragilização do Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta foi feito pelo médico e secretário adjunto da Saúde do Rio Grande do Sul, Francisco Zancan Paz, na terceira edição do Conexão Porto Alegre – Ciclo de Debates, realizada na manhã deste sábado, 9, no Clube Veleiros do Sul.
Para Paz, o SUS deve voltar-se à atenção primária qualificada, com profissionais treinados para trabalhar em postos de saúde. Só assim será possível evitar a demanda crescente por serviços de urgência e por consultas especializadas. “O aumento da expectativa dos brasileiros reforça essa necessidade”, destacou.
O tema foi apresentado e discutido por cerca 100 pessoas que compareceram ao evento promovido pelo vice-prefeito Sebastião Melo. Depois da abertura, os participantes dividiram-se em grupos para analisar e propor alternativas nas seguintes áreas: acesso à saúde, gestão de recursos e saúde mental.
Com quase três décadas de existência, o SUS é a maior experiência de inclusão social já realizada no País. “Precisamos valorizar e ampliar as parcerias que qualificam e aumentam a capacidade dessa rede de atendimento, como já acontece com os Hospitais Independência e Vila Nova”, disse Melo. “Esse é o caminho para universalizar o serviço.”
Sobre o evento:
Conexão Porto Alegre – Ciclo de Debates é um espaço aberto de discussão e colaboração entre os porto-alegrenses comprometidos em tornar a Capital gaúcha mais acolhedora e humana. O objetivo é conectar pessoas e comunidades a partir de experiências vivenciadas dia a dia.
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