As eleições de 2014 serão realizadas num daqueles momentos raros da história política brasileira. De um lado, um questionamento crescente sobre como é feita a política pelos políticos no Brasil, como de resto no mundo, e a melhor forma de governar. De outro, um número imenso de brasileiros e gaúchos dispostos a emprestar seu tempo, capacidades e conhecimentos para transformar e melhorar a vida nas cidades, transformando-as em territórios para as pessoas aproveitarem da melhor maneira suas vidas, talentos e capacidades.
O PMDB do RS, tendo diante de si esta conjuntura política, iluminada pelo facho de realizações gravadas em sua história, não pode abrir mão do seu protagonismo no RS e no Brasil. Porque se o debate é essencialmente político, ou seja, sobre como democratizar o Estado e alargar os mecanismos de deliberação, o PMDB carrega em si os genes que contribuíram, decisivamente, para fazer reemergir a democracia depois da longa noite da ditadura militar. E se no caso específico do RS, o desafio posto é recolocá-lo no patamar de liderança na federação e fazê-lo ingressar num continuado período de desenvolvimento sustentável, os governos Simon, Britto e Rigotto não deixaram dúvidas de que é nestes momentos que nosso partido, nossos quadros técnicos e, sobretudo nossa militância demonstram uma imensa capacidade de realizações. Porque o PMDB, nos doze anos em que governou o Estado do RS, desde a redemocratização, implementou uma agenda essencialmente desenvolvimentista, que construiu uma profunda identidade do partido com o povo gaúcho.
Mas isso não será uma tarefa fácil. Some-se á ingovernabilidade projetada das contas públicas o permanente tensionamento com o magistério; a incompreensão sobre o papel central dos municípios – das cidades – no mundo atual, sobretudo no que se refere á reforma urbana; a ausência de um plano de metas para o RS, pactuado entre governo e sociedade; a crise na segurança pública, simbolizada pelo caos nos presídios e a desmoralização da Brigada Militar, tolhida em sua missão frente à ação ilegal dos vândalos em manifestações de rua e nas greves; o apagão na gestão da CEEE; a opção por uma ação desarticulada dos outros estados nas grandes questões federativas; a despreocupação em incentivar a produção e o uso de combustíveis baseados em energias renováveis e também em transformar o RS numa referência em novas tecnologias.
O coroamento deste déficit de criatividade e inovação na gestão do atual governo do RS é revelado também pela inexistência de iniciativas que concorram para estabelecer uma política de integração da Região Metropolitana de Porto Alegre, a partir de ações compartilhadas – públicas e privadas – nas áreas de transporte, saúde, educação e assistência social.
Diante dessa situação particular do RS e dos desafios postos pela conjuntura política nacional, o nome de José Ivo Sartori se impõe. Prefeito reeleito de Caxias do Sul, ele corporifica a história do PMDB, tanto na construção da democracia como na qualidade de governar. Sob sua liderança, Caxias do Sul tornou-se referência nacional em projetos que melhoraram a vida das pessoas. Em seus dois mandatos, Caxias do Sul tornou-se Cidade Livre do Analfabetismo, Capital Brasileira da Cultura, exemplo em tratamento de esgoto e recolhimento de lixo, referência na agricultura, modelo em gestão de finanças públicas e, em 2011, atingiu o menor índice de mortalidade infantil de sua história, sendo destaque no Brasil. Todas estas conquistas têm a marca do PMDB.
Sebastião Melo
Militante do MDB/PMDB desde 1978
Esse nao é um perfil humano! Isso é semi-Deus!
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